quarta-feira, 25 de abril de 2007

Tudo em mim...

Quero me revelar, no entanto, me velo.
Me enterro, erro.
Calo.

Por fora pareço estável. Grande, referência.
Por dentro, sou toda mágoas, perdas e erros.
Se me tomas de exemplo te enganas.
Se me faço de exemplo, me engano.

Ainda que os idos de abril levem consigo meu sorriso, serei eu, ainda, inteira, partida.
A mesma, levada por outro mês igual, diferente, marcante, carne e fogo.
Se abril pudesse dizer algo contaria porque me pune!
A mim, filha do outono, ainda que nascida na primavera.
Me castigas, mês sem fim.
Sempre leva minha vida para um novo recomeço.
forçado.
Que acabe, finalmente, e nunca mais volte, nem daqui um ano, nem nunca.
Eu, a partir de hoje, risco abril do meu calendário.